sábado, 2 de setembro de 2017

O último vento de agosto

O vento a me enlouquecer. As janelas todas fechadas sentiam seu assalto ao alumínio e vidro. Capitulava e abria, pouco zunia sem trégua, mais me consumia me atravessava. O passarinho escondido no fundo e no canto da gaiola. Minha mãe praguejando contra o vento. O vento nos varrendo pras nossas tristezas pros domínios da nossa loucura. Por que nada deu, dá ou dará certo? Náufragos entre os micro cômodos abarrotados, as fotos dos que já foram, a louça suja mergulhada em água gordurosa. Tudo era varrido a olhos vistos inclusive ela e eu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário