O
vento a me enlouquecer. As janelas todas fechadas sentiam seu assalto
ao alumínio e vidro. Capitulava e abria, pouco zunia sem trégua,
mais me consumia me atravessava. O passarinho escondido no fundo e no
canto da gaiola. Minha mãe praguejando contra o vento. O vento nos
varrendo pras nossas tristezas pros domínios da nossa loucura. Por
que nada deu, dá ou dará certo? Náufragos entre os micro cômodos
abarrotados, as fotos dos que já foram, a louça suja mergulhada em
água gordurosa. Tudo era varrido a olhos vistos inclusive ela e eu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário