quinta-feira, 28 de setembro de 2017

O adulto e o menino

Discutiam um menino e um homem, os dois trabalhavam no mesmo isopor até terminar o álcool ou a sede do povo, ou seja, o povo. O adulto segurava o dinheiro e ditava o menino, essa é pra ele, é duas, não essa tá quente, uma pra ele e outra pro outro. O menino oferecia um deboche em resposta ao comando e à censura. O adulto pega a senha e esbraveja que se não quiser pode ir pra casa, vai embora, isso é sério, a gente tá aqui pra trabalhar porra. O menino espera o adulto terminar e languidamente abre o zíper do casaco até desnudar os peitos fartos e passa a desfilar em volta do isopor. O menino toca os mamilos e apenas de soslaio fita o adulto, que se atrapalha, demora a regular gentileza na súplica que faz ao menino de cobrir os peitos, de subir o danado desse fechecler. O menino  faz que não escuta até que o adulto mude de assunto, dê uma de doido, demonstre desespero, que de repente tente criar um motivo, um caminho diferente para conter o menino. Aí o menino senta para descansar, subindo e descendo lentamente o zíper. O adulto aliviado entrega um espetinho ao menino, resignado e suado trabalha só.




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